Esta semana estava conversando com
uma amiga muito querida e, ao nos despedirmos, como era meu término de horário
de trabalho e o dela também, desejei que seu retorno fosse tranquilo e que ela
conseguisse, na condução até em casa, um lugar para sentar. Eu sabia que era
horário de rush e que meu desejo era,
se não difícil, quase impossível. Mas mesmo assim, desejei e falei. Ela na hora
me disse que sempre pede a Deus que, na sexta-feira, consiga fazer isso, pois o
cansaço da semana toda parece se acumular naquele dia que antecede o fim de
semana tão desejado por milhares de trabalhadores em todo o mundo! Mas
ainda
era quarta-feira...
Qual não foi minha surpresa quando,
no dia seguinte, minha amiga me fez uma visita rápida na hora do almoço e,
chorando de alegria numa presença tão bonita de Deus, contou-me que tinha
conseguido sentar, pois um lugar estava disponível. Sua emoção encheu meu
coração de alegria, pois meu desejo fora atendido, mas também de uma esperança
de que ainda existe muita gente que se parece tanto com Jesus. Aquela flor – os
que me conhecem, sabem que chamo assim as pessoas que me são queridas – estava ali
emocionada não porque conseguira um carro do ano, uma casa nova, um casamento
feliz, um emprego em que teria o dobro de salário. Aquela flor do jardim, amiga
de quem passei a ter mais respeito e mais orgulho de ser amiga, conseguira
sentar no trem às cinco e meia da tarde de uma quarta-feira e voltar pra casa
com menos dor no joelho e aliviada um pouco do cansaço de um dia de trabalho!
Eu me pus a pensar que Jesus não
tinha onde reclinar a cabeça... que sempre andava a pé entre a Judeia e a Galileia
encontrando gente simples, gente com problemas, gente acabrunhada, mas sempre
tinha um desejo bom e uma palavra boa para todos. Mesmo andando no sol quente
do meio-dia em plena Samaria e cheio de sede, parou ao lado de um poço (mas não
tinha um copinho pra pegar água!), conversou com uma mulher com quem ninguém
queria conversar e curou a sua alma, elevou sua autoestima e deu vez e voz
àquela que não falava com ninguém. E aproveitando que estamos na semana do Domingo
de Ramos, acabo de me dar conta que aquele domingo foi o único dia em que Jesus
não andou a pé: ele montou num jumento e teve um lugar pra sentar enquanto se
locomovia pra entrar em Jerusalém, o lugar
da paz (Yerushalaim) – assim como minha amiga teve um lugar pra sentar e
pode ir pra sua casa, seu lugar de paz e descansar pra começar tudo de novo no
dia seguinte.
A esperança a que me refiro no
título, querido leitor, é o profundo sentimento que foi mais uma vez alimentado
depois desta experiência nesta semana. Esperança em um Jesus que está e é tão próximo
de nós se aprendermos a ler sua vida nos evangelhos com um sorriso no rosto e
uma vontade boa no coração de sermos mais humanos – tão humanos quanto ele foi!
Esperança em uma gente que agradece e se emociona por aquilo que pode parecer tão
pouco, mas que traz um sentimento e uma consciência desse Jesus tão próximo e
de um Deus que é pai e cuida. Não que ele não cuidasse dos outros que foram em
pé no trem, mas pelo momento especial que proporcionou à minha amiga querida. Quanta
gente apertava Jesus no caminho da casa de Jairo, quando ele se direcionava pra
lá a fim de ir curar sua filhinha? E aquela mulher dentre a multidão o tocou
com tamanha fé... o resto da história você já sabe...
Que este Jesus que andava a pé e se
compadecia do sofrido esteja hoje em nosso coração. E que o sintamos tão
pertinho que possamos louvá-lo, esteja a condução cheia ou vazia, estejamos nós
em pé ou sentados, em um carro de luxo ou no lombo de um jumento.
No Deus eterno que se fez carne em
Jesus só porque me amou e te amou.
Bom dia, Alessandra. Achei maravilhoso o curso, já estou aguardando ansioso o proximo domigo de curso.
ResponderExcluirObrigada, Rogério!!! Deus te abençoe!!!!
ExcluirAlessandra, a flor mais bela do nosso jardim, parabéns pela coluna, totalmente inspirada pelo Espírito Santo.
ResponderExcluirMuito obrigada, minha flor!!! <3
ExcluirDeus te abençoe!!!!