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domingo, 17 de novembro de 2013

Amor “via face...”


“Vós sois meus discípulos se fizerdes o que eu vos mando: Amar!” (cf. João 13,35).
Este fim de semana de feriadão passei por uma das experiências com a tecnologia mais bonitas dos últimos tempos. Fui acometida por uma amigdalite muito agressiva e pensei por vários momentos em me comportar como uma adolescente que “posta no face” seus sentimentos e pensamentos a despeito das maldades deste mundo. Fui impedida pelo meu superego, mas meu id meio criança meio adolescente enfim venceu e eu desabafei diante de meus amigos – que depois descobri amigos de coração: “orem por mim – muito do-dói...”(feeling sick com direito a bonequinho com a carinha enjoada!).
Para minha surpresa, algo que pensei passaria despercebido, no mundo em que todo mundo tem milhares de coisas pra fazer e com que se preocupar, teve até o presente momento 50 curtidas e 40 comentários – diga-se de passagem o meu mais novo recorde no facebook –, várias orações, preocupações, ligações, prescrições de remédios, desejos de melhoras,... fiquei realmente constrangida – como quem se constrange quando se depara com o amor – sentimento que eu achei sinceramente que estava se tornando líquido, esvaindo-se das minhas mãos, depois de tanto ler e escrever sobre o livro de Zigmunt Bauman.
Toda a minha teoria baumaniana caiu por terra de uma única vez! Gente de longe e de perto, do Rio, de São Paulo, de New Jersey – gente que crê em Deus, gente cheia de carinho e de amor – gente do céu encheu meu coração de tanta alegria que fiquei boa antes mesmo de estar completamente restaurada. Como criança que recebe um beijinho da mamãe no do-dói e este passa na hora. Sinceramente eu senti isso. Coisa plenamente provável e possível depois dos 40! Somente na presença de gente que aprendeu a ser gente de verdade. Gente que imita Jesus na sua infinita bondade, sorrisos e paz e nem sabe que faz isso. Não precisa ler a Bíblia pra aprender porque a maior lição intrínseca das Sagradas Escrituras já está no coração. Ou então leu tanto – e entendeu de uma vez por todas – que não sabe mais ser insensível ao dolorido.
Em uma situação tão bonita em sua simplicidade, aprendemos juntos na escola da vida a lição do bom samaritano. Personagem de Lucas (10, 25-37) a quem persigo e me persegue com sua bondade muda no olhar e nos gestos. Há carinho na vida! Há amor no coração! O mesmo facebook nos mostra que a despeito do egoísmo do presidente das Filipinas, avisado do que ocorreria, milhares de voluntários estão lá agora ajudando gente desconhecida, só porque há coração de carne na humanidade do homem demasiado humano. De verdade. A despeito de eu achar que seria só um desabafo rápido – foram só duas frases –, eu fui alcançada por aquilo que não conseguia visualizar – o maior milagre que Deus fez em mim – acreditar! Então vêm à mente de novo alguém desesperado de amor que respondeu à assertiva de Jesus: “Se tu podes crer, tudo é possível ao que crê ”– com sorriso no rosto e lágrimas não mais de dor aguda eu digo “Senhor eu creio!” (cf. Marcos 9,20-24).

E por isso passou! Obrigada!