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terça-feira, 29 de abril de 2014

Quero a fé de Tomé!

“A certeza das coisas que se esperam;
A espera daquilo que não se vê”.
Quero ser um Tomé que não crê
Ou discípulos que apenas a Jesus velam?

Estes trancados estavam – também não criam!
Que o Ressuscitado agora estava ali.
Aos assustados com aquilo que viam,
Jesus dizia: “Sou eu! Ponham o dedo aqui!”

Tomé ainda lá não havia chegado
E perguntava aos pensamentos seus:
O que fizeram com o meu Jesus?

Mas ao tocá-lo, sentiu na alma o afago
E – foi o único – logo lhe disse: “Meu Senhor e meu Deus!!”
Admiravelmente venceste a terrível cruz! 

segunda-feira, 28 de abril de 2014

Fé...!

Neste domingo minha classe de Escola Dominical começou a estudar Hebreus 11... digo “começou” porque a proposta pedagógica da classe é estudar um capítulo da Bíblia a cada domingo, o que se tornou impossível com o capítulo conhecido como “a galeria dos heróis da fé”. Confesso que preparei o estudo de todo o capítulo em casa, mas ao compartilhá-lo na classe não consegui passar, na verdade, do versículo 3. Minhas meninas e meus meninos certamente estranharam a Alessandra deste domingo. E a esta altura, você, querido leitor, pode estar se perguntando: por que a impossibilidade de falar sobre fé? A quem conhece o livro de Hebreus, o capítulo 11 não é um dos mais difíceis do livro, e a quem me conhece pessoalmente, sabe o quanto venho convivendo com a Bíblia em minha vida devocional e acadêmica por quase 20 anos e como gosto de ensinar. Mas fiquei com a voz embargada e a garganta engasgada diante do texto, que me fez refletir sobre tudo que estudei em minha vida até hoje.

A questão crucial e única e que quero compartilhar aqui é: não se estuda sobre fé, fé é experiência! E só se pode falar de fé se se tem “a certeza das coisas que se esperam, e a convicção de fatos que não se veem” (Hb 11,1). Eis a questão. Como posso acreditar naquilo que não estou vendo? E como esperar por aquilo que não aconteceu ainda? Isso não é naturalmente  possível a quem sente a dor e a delícia de ser feito de carne e osso. Aí está a beleza do que Deus fez e faz por nós, em nós e conosco: a fé é parte do fruto do Espírito (Gálatas 5,22-23) e é dom de Deus (Efésios 2,8)! É o próprio Deus que tem misericórdia de mim e de você e nos enche de fé! É somente através Dele que eu posso crer no amanhã – em um amanhã maravilhoso em que toda lágrima se converterá em sorriso, a doença em saúde, a escuridão em luz.
E depois de chorar, estar doente e me sentir em trevas, passarei a valorizar os momentos especiais em que a transformação na qual eu mesma não acreditei acontecerá. Mas uma pontinha de mim – lá onde o Espírito Santo habita – no fundo acreditou, mesmo que não visse nem esperasse naturalmente. Isto porque eu sou natural, mas a fé, esta sim, é sobrenatural, é presente de Deus em mim e pra mim. E o é em você e pra você também! Neste domingo, só estas experiências doloridas e seu desfecho completamente inesperado e inusitado me permitiram ministrar a aula e deixar gente cheia de fé falar e compartilhar sua vida e suas experiências de alegria, cura e luz! Não foi assim com o Abraão que sobe triste o monte Moriá e desce de lá feliz da vida com Isaque? E o que ele dizia enquanto subia ao lado do filhinho? O Senhor pro-verá! E o texto hebraico nos mostra exatamente que Abraão estava falando de fé: O Senhor já viu antes o que vai acontecer! (Gênesis 22). Esta é a experiência de fé de Abraão – crer no Deus que vê, antes de acontecer.
Que possamos continuar, a cada dia, com a voz embargada ao falar de fé, sabendo que ela não vem de nossa razão, mas de sermos tocados por aquela linda experiência que só nós sabemos como, quando e onde passamos!

No Deus que pro-vê em nossa vida, 

terça-feira, 15 de abril de 2014

Um doce cordeiro – e a Páscoa se fez!

Momento agradável e delicioso aos chocólatras de plantão é passar em frente às lojas nestes dias que antecedem à Páscoa! Sinceramente não estou aqui para criticar o mercado de chocolates em alta, até porque a mesa da Páscoa judaica também possui uma sobremesa e há chocolates ou outros doces para as crianças da família – o que torna mais alegre e festivo o momento comemorativo de Pessach (=passagem), narrado no Antigo Testamento: a passagem do Anjo da morte e o livramento do povo de Deus no Egito através do sangue do cordeiro, aspergido nos umbrais das portas de suas singelas casas de escravos.  
Acontece mais ou menos assim esse ‘doce’ momento: há uma sobremesa chamada afikoman – uma espécie de biscoito sem fermento, que é quebrada em pedaços e escondida pela casa pelo pai da família, e que deve ser encontrada pelas crianças. Ao encontrar os pedacinhos, cada criança recebe em troca um chocolate – ou outro doce à sua escolha. Tudo isso acontece durante a refeição da Páscoa, com aquela cena tradicional dos adultos comendo e conversando, e as crianças correndo pela casa... cenas mais do que doces de se ver – muito mais do que as vitrines cheias de ovos e caixas de bombons de todos os tipos e tamanhos.
Um fato interessante é que a celebração da Páscoa judaica só acontece e se inicia por causa de uma pergunta feita por uma das crianças ou jovens da casa e que será respondida pelo pai: Por que estamos aqui comemorando? O que significa isto que estamos fazendo? E o relato do Êxodo 12 mais uma vez é contado: “éramos escravos no Egito, mas fomos salvos da nossa morte pela morte do cordeiro, o qual deu o seu sangue para ser passado em nossas casas. Assim, e por causa do sangue, estamos aqui vivos para comemorar!”
Fico imaginando a carinha das crianças ouvindo essa cena sem entender muito bem, mas se acostumando com o relato que será contado todos os anos na data marcada. E é aí que está nossa reflexão para este momento: mesmo que compremos chocolates para aqueles que amamos e comamos uma deliciosa refeição juntos no domingo da Páscoa de Jesus, é preciso compartilhar porque estamos ali – isso é o centro e a causa de todo esse momento! Em Jesus o cordeiro se fez e salvou não só os que estavam escravos no Egito, mas a todos os que creem neste ato gracioso do Seu amor (João 1,12). Se eu e você acreditamos no sangue que Jesus derramou na cruz por amor a nós, somos salvos de nossa morte!
Essa é a boa notícia – e é preciso compartilhar, por tão boa que é: o evangelho de Jesus, sua morte e também o fato de não continuar morto: a sua ressurreição! Que nesta Páscoa, possamos perceber que o amor de Deus ao enviar seu Filho querido para se tornar cordeiro em nosso favor é a melhor coisa que aconteceu em nossa vida! E se assim é, nada melhor do que comemorar (=comer e relembrar contando) esse ato lindo de Jesus, nosso doce cordeiro, num delicioso almoço em família e por que não – tendo chocolate de sobremesa?
Feliz Páscoa!!!

No Deus que se fez cordeiro,