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quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Então é Natal!! (2)




O bebezinho está lá
Não teve direito a nascer em um lugar limpinho
Nem deitou em um bercinho
Tampouco ganhou um enxoval...
E foi Natal!

O presépio fica em um estábulo,
Jesus repousa numa manjedoura
E está envolto em muitos panos – proteção de Maria!
E a estrela brilhou de noite para um novo dia!
Um novo dia pra mim e pra você
No qual entendamos que não é por merecer
Que o bebezinho está lá

Você me pergunta: Por que motivo é então?
Porque Deus em Seu coração
Resolveu AMAR!

O bebezinho cresceu,
Numa cruz padeceu
Pra que hoje seja Natal!
Não há amor igual!

O bebezinho não estará mais lá
Se você o deixar entrar
Nas suas limitações
Frustrações
Decepções

Aconchegar-se-á aí mesmo
No recôndito mais profundo
E você poderá sentir
O que é o maior amor do mundo!

Então será Natal!
  
(Alessandra Viegas)

domingo, 15 de dezembro de 2013

Então é Natal!!!


Estamos em dezembro! Você que vai aos shoppings ou aos mercados populares comprar seus presentes de Natal ou os enfeites para sua montar sua árvore deste ano deve estar estranhando o fato de não ouvir a música da cantora Simone, típica desta época, com seu refrão mais do que conhecido pelo inconsciente coletivo brasileiro: “Então é Natal... e o que você fez?...”. Pois é, a música foi juridicamente proibida de ser tocada em lugares públicos e ficamos sem este fundo musical em nossas compras a nos embalar. No entanto, a pergunta é pertinente ao refletirmos sobre o verdadeiro sentido do Natal, que na história tem o seu lugar, como diz também o cantor João Alexandre em uma de suas composições.
O que você fez? Talvez isso seja o que menos importa no Natal. Importante e valioso é o que Deus fez por amor a nós enviando seu filho na figura central do bebezinho deitado na manjedoura.
Certamente eu deveria aqui apresentar um texto dos evangelhos: Maria grávida do Espírito Santo, a procura com José por um lugar para ter a criança, a falta deste lugar e o nascimento no estábulo. Metáfora do Deus que tinha tudo em suas mãos e decidiu disso se despojar só por um motivo – AMOR. A mim e a você. Incondicional. Inexplicável. Incomensurável. 
João 4,24 aponta que “Deus é espírito, e importa que os seus adoradores o adorem em espírito e em verdade”. Não obstante, o Deus que é espírito e a tudo alcança encarnou-se – revestiu-se de carne em todas as suas limitações e vicissitudes – tornando-se gente, vivendo, sofrendo e morrendo por um único e especial motivo – repito pela necessidade de fazer o querido leitor entender de uma vez por todas – o AMOR a você e a mim. Nesse ínterim, há dois textos que recomendo para sua leitura nesse Natal junto às referências do bebezinho na manjedoura: Filipenses 2,5-11 e Hebreus 2,5-18. São dois textos cuja estrutura de pensamento é bastante semelhante e descrevem a intensidade desse AMOR tão profundo e pleno de Deus por nós. Ambos nos dizem que Jesus Cristo – o mesmo que foi bebezinho, cresceu – se esvaziou de sua glória e assumiu a humilde forma de servo, tornando-se obediente até a morte e morte de cruz. Sabemos bem que a história – que tem o seu lugar – não acaba aí, pois Ele ressuscitou e agorinha mesmo pode estar intercedendo por nós junto ao Pai, porque sabe o que é estar na limitação de um corpo de carne. Ele fez isso por AMOR...

O que Jesus fez? Até onde se vai por AMOR? Eis o que Jesus quer nos ensinar neste Natal.
Por amor Jesus renuncia! Quantas vezes você já ouviu que amor é renúncia? Hoje em dia esta fala está fora de moda... estar com o outro, seja em qualquer tipo de relacionamento, é satisfazer a mim, e não a ele (ou ela). Nesta hora Jesus poderia virar a mesa em nossa vida e chamar-nos a atenção para entendermos que é exatamente o contrário. Jesus renunciou. A hermenêutica de Hebreus 2,5-9 mostra que Jesus, por amor, se faz, por um pouco, menor do que os anjos – aquele que era muito, mas muito superior aos anjos e tinha sobre si o domínio de todas as coisas se torna menor – quando entra em nossa carne. O bebezinho está em um lugar sujo, deitado em um recipiente sujo de dar comida aos animais – uma manjedoura. Deve ter sido de José a ideia de forrar ali com bastante palha. E Maria juntou todos os panos que podia para proteger o filhinho de tudo aquilo.  Jesus era um bebezinho sim, sujeito a tudo que qualquer outro bebê também estaria – fome, sede, cólicas, doenças. Alguns anos mais tarde, Jesus é um homem faminto depois de 40 dias de jejum. Pouco tempo depois, era alguém desamparado e desfigurado na cruz, para quem nem o Pai, que é santo, poderia olhar – porque estava cheio do meu e do seu pecado. Jesus renunciou...
Por amor Jesus se aproxima. E por se aproximar, salva e santifica. É a afirmação que embasa Hebreus 2,10-14. Pelo AMOR de Jesus em sua renúncia, somos conduzidos à glória como filhos! A explicação é simples: se aceitamos e cremos nesse renunciar, nesse sofrimento, nesse rebaixamento, nessa cruz tornamo-nos filhos, salvos e, ainda, santificados! E por tudo isso, o texto de Hebreus nos diz que Jesus não se envergonha de nós – e se faz nosso irmão. Ele se aproxima. Não é assim quando a gente ama? Quer estar perto, quer estar junto, quer ficar o dia inteiro falando no facebook, quer sentir que o(a) nosso(a) amado(a) está ali... assim é Jesus. Ele se aproxima porque AMA. O desejo de Deus, tenho plena certeza, é que neste Natal cada um de nós possa se aproximar – beijar, abraçar, acariciar – e fazer o nosso Natal mais gostoso e feliz do que qualquer outro que tivemos. Se Ele se aproximou, por que não seguir o exemplo?
E ainda está lá o bebezinho!
Por amor Jesus nos dá vida. E também liberdade e a certeza de que Ele está conosco e nos socorre, sempre que precisarmos (Hebreus 2,15-18). O grande paradoxo do amor de Deus se revela a nós em Jesus de uma forma linda: porque Ele renunciou e se aproximou – sendo de carne e sangue –, pela sua morte destruiu aquele que tem o poder da morte! Muito mais do que uma belíssima poesia em forma de antítese (ideias contrárias), a beleza está naquilo que Jesus fez. Além disso, Ele nos libertou a nós, que tínhamos medo da morte, e agora temos alegria da vida. Pois nossa existência não é mais de escravidão, senão de liberdade eterna. Quando Jesus prova o que é ser homem, entende perfeitamente nossas dificuldades, limitações, temores, orgulho e sofrimento – não pense você que Ele não vê quando e quanto você sofre. Ele vê. Ele passou por isso. E por isso mesmo nos socorre, naquilo que Ele próprio sofreu... Jesus se torna nosso sumo sacerdote, que intercede por nós ao Pai, e nos torna dignos de estar na Sua presença. Que AMOR é esse...? eis a pergunta que não cala em minh’alma todos os dias, não só no Natal.
Que neste Natal, a exemplo de Jesus, possamos renunciar, nos aproximar, dar vida a alguém, perdoar, dar e ter a liberdade de estar leve diante de nossos queridos. Que mostremos que não somos de ferro, pois temos mil limitações, entretanto sejamos aquele(a) com quem a família, os amigos, os vizinhos podem contar. Assim como podemos, em todo o tempo, contar com Jesus. Ele te ama.. Ele me ama. Ame também e transforme o seu Natal em um Natal de verdade, lindo, inesquecível!
Tende em vós o mesmo sentimento que houve em Cristo Jesus (Filipenses 2,5). Então será Natal!  

No Deus que se fez bebezinho,