Momento agradável e delicioso aos
chocólatras de plantão é passar em frente às lojas nestes dias que antecedem à
Páscoa! Sinceramente não estou aqui para criticar o mercado de chocolates em
alta, até porque a mesa da Páscoa judaica também possui uma sobremesa e há
chocolates ou outros doces para as crianças da família – o que torna mais
alegre e festivo o momento comemorativo de Pessach
(=passagem), narrado no Antigo Testamento: a passagem do Anjo da morte e o livramento do povo de Deus no Egito
através do sangue do cordeiro, aspergido nos umbrais das portas de suas
singelas casas de escravos.
Acontece mais ou menos assim esse
‘doce’ momento: há uma sobremesa chamada afikoman
– uma espécie de biscoito sem fermento, que é quebrada em pedaços e escondida
pela casa pelo pai da família, e que deve ser encontrada pelas crianças. Ao
encontrar os pedacinhos, cada criança recebe em troca um chocolate – ou outro
doce à sua escolha. Tudo isso acontece durante a refeição da Páscoa, com aquela
cena tradicional dos adultos comendo e conversando, e as crianças correndo pela
casa... cenas mais do que doces de se ver – muito mais do que as vitrines
cheias de ovos e caixas de bombons de todos os tipos e tamanhos.
Um fato interessante é que a
celebração da Páscoa judaica só acontece e se inicia por causa de uma pergunta
feita por uma das crianças ou jovens da casa e que será respondida pelo pai:
Por que estamos aqui comemorando? O que significa isto que estamos fazendo? E o
relato do Êxodo 12 mais uma vez é contado: “éramos escravos no Egito, mas fomos
salvos da nossa morte pela morte do cordeiro, o qual deu o seu sangue para ser
passado em nossas casas. Assim, e por causa do sangue, estamos aqui vivos para
comemorar!”
Fico imaginando a carinha das
crianças ouvindo essa cena sem entender muito bem, mas se acostumando com o
relato que será contado todos os anos na data marcada. E é aí que está nossa
reflexão para este momento: mesmo que compremos chocolates para aqueles que
amamos e comamos uma deliciosa refeição juntos no domingo da Páscoa de Jesus, é
preciso compartilhar porque estamos ali – isso é o centro e a causa de todo
esse momento! Em Jesus o cordeiro se fez e salvou não só os que estavam
escravos no Egito, mas a todos os que creem neste ato gracioso do Seu amor
(João 1,12). Se eu e você acreditamos no sangue que Jesus derramou na cruz por
amor a nós, somos salvos de nossa morte!
Essa é a boa notícia – e é preciso
compartilhar, por tão boa que é: o evangelho de Jesus, sua morte e também o
fato de não continuar morto: a sua ressurreição! Que nesta Páscoa, possamos
perceber que o amor de Deus ao enviar seu Filho querido para se tornar cordeiro
em nosso favor é a melhor coisa que aconteceu em nossa vida! E se assim é, nada
melhor do que comemorar (=comer e relembrar contando) esse ato lindo de Jesus, nosso
doce cordeiro, num delicioso almoço em família e por que não – tendo chocolate
de sobremesa?
Feliz Páscoa!!!
No Deus que se fez cordeiro,
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